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Kaká estrela campanha de Natal “Jesus, minha esperança”.

O jogador brasileiro Kaká é uma das grandes atrações da campanha de mídia ‘Minha  Esperança’, que promove a mensagem de Jesus como a “grande esperança no meio da crise.” A campanha  custou  300.000 euros e será divulgada em diversos meios de comunicação na Espanha esta semana.
Concebida pela Billy Graham Foundation, essa iniciativa se espalhou para diversos países do mundo nos últimos anos, em todos os continentes. De 15 a 17 de dezembro, haverá a exibição televisiva de testemunhos dos evangélicos conhecidos como Kaká, jogador do Real Madrid, o cantor Juan Luis Guerra, e também trabalhadores, professores e policiais anônimos. Também haverá clips de músicas gospel, mas diferentemente de outros países, não haverá uma pregação formal.
O principal objetivo da campanha na Espanha é acabar com o mito que “ser espanhol é incompatível com ser evangélico” e procura dar fim à “discriminação religiosa”.
“A liberdade religiosa é ainda uma questão pendente na Espanha e não pode esperar”, reclamou Mariano Blázquez, presidente da Federação dos Evangélicos da Espanha. “Parece-me uma mensagem muito original e muito positiva para dar esperança para a sociedade em nome de Jesus Cristo”.
O coordenador do evento na Espanha, José Pablo Sanchez pertence à Conferência Episcopal e se diz animado com a iniciativa. “Neste momento de crise, muitos procuram políticos e banqueiros em busca de esperança, mas não irão encontrá-la. O que vamos mostrar é que a verdadeira esperança só pode ser encontrada em Jesus Cristo”.
Na Espanha existem atualmente 1,5 milhões de evangélicos que congregam em 2.994 templos reconhecidos pelas autoridades governamentais. “Hoje somos, sem dúvida, a segunda denominação religiosa no país, considerando a presença e a relevância social”, afirma Mariano Blázquez.
“Ainda há discriminação na Espanha em questões religiosas, especialmente legal, e nós acreditamos que é hora de acabar com isso”, finaliza Blázquez.
A Espanha vive, no momento, à sobra da crise europeia. Depois de países como Irlanda e Grécia terem iniciado a ruptura econômica na zona do Euro, Espanha e Portugal são apontados como os próximos a sentirem os seus impactos. O fato de a mensagem de Jesus ser lembrada às vésperas do Natal deve gerar resultados importantes neste país onde historicamente os evangélicos não crescem.

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Ministério da Justiça cria regulamentação para trabalho religioso nos presídios do Brasil.

 

O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), vinculado ao Ministério da Justiça, baixou recentemente uma resolução que normatiza a prática de cultos e assistência religiosa dentro de presídios brasileiros. Ela reafirma o direto da prática religiosa, não importa a crença: católica, evangélica, afro-brasileira, espírita ou outra.
“A resolução efetiva o direito, deixando bem claro o direito da prática religiosa, mas sem abrir mão da segurança, porque estamos falando de presídios e não de locais abertos”, explicou  Geder Luiz Rocha Gomes, presidente do CNPCP.
A norma deve ser adotada por todos os estados da Federação e passou a proibir, por exemplo, o recolhimento de dízimos ou ofertas e a venda de qualquer tipo de material religioso aos detentos. Também exige o cadastro das instituições, que devem ter mais de um ano de existência.
A medida mais polêmica é que os agentes religiosos passam a ser isentos de revista íntima. Fica autorizado o uso de objetos para as cerimônias, desde que não apresentem qualquer tipo de risco para a segurança.
O pastor Edvandro Machado Cavalcante, coordenador da Pastoral Carcerária da Igreja Metodista do Rio de Janeiro realiza há mais de 10 anos um trabalho de assistência religiosa a presidiários e suas famílias, Ele explica que não há dificuldades de convivência com os outros grupos que atendem o presídio: “São diversas religiões. A grande maioria é evangélica, mas o espaço é plural, sim”, afirma. Ele considera a iniciativa norma positiva, pois agora ficam claras as diretrizes para problemas antigos, como a reclamação da necessidade de revista íntima para os agentes religiosos. “Isso era um ponto muito delicado, principalmente aqui no Rio. Os agentes penitenciários não faziam, mas teoricamente poderiam fazer. Acho muito importante que isso fique claro. Porque aquela revista é vexatória”, explica.
Ele concorda ainda com a proibição da arrecadação de dízimos e venda de material religioso, pois embora as ofertas façam parte do seu ensinamento, dentro dos presídios a dinâmica é outra. “A igreja, ou qualquer entidade religiosa, tem que agir de forma diferente dentro dos presídios. Ir lá para arrecadar junto a essa população tão espoliada é uma indignidade, violenta o principio mais básico da dignidade humana”, acredita.
O pastor conta que um dos grupos mais respeitados são os evangélicos. Quando um preso se “converte”, passa a fazer parte de um grupo que conta com certa imunidade entre as facções. “Em alguns presídios você tem o comando tal, o comando x, e os evangélicos. Até porque eles têm uma moral muito rígida dentro desses grupos, é a famosa teoria da envergadura da vara, se você teve muito de um lado, a tendência é radicalizar para o outro até encontrar um equilíbrio. Eles geralmente se filiam ao que tem de mais radical, não só em termos de comportamento ou em relação à ética, mas também em relação a roupa e tudo mais. Não sei se por culpa, deve ter algum fenômeno psicológico que explique isso”, analisa Edvandro.
No entanto, ele acredita que ainda falta planejamento para que o espaço das penitenciárias também seja usado para atividades educativas e profissionalizantes. “Com a arquitetura prisional que temos, não há lugar para atividades laborativas, educacionais”, disse ele ao explicar o funcionamento de aulas de informática realizado pela Igreja Metodista.
O Ministério da Justiça não dispõe de um levantamento atualizado sobre as crenças religiosas dos presidiários. Porém, existem alguns  dados disponíveis de pesquisas sócio-criminais feitas anos atrás em  penitenciárias federais como  Catanduvas (PR) e Campo Grande (MS). Ainda que seja de 2007, as pesquisas apontam que a maioria é católica e, surpreendentemente, existem vários muçulmanos presos.
Entre os entrevistados na prisão do Paraná, 57,3% são católicos, 22,79%  evangélicos, 17,65% sem religião, 1,47%, espíritas e, 0,74%, Testemunhas de Jeová. Em Campo Grande há uma pequena variação: 53,15% são católicos, 27,19%, evangélicos, 4,5%, espíritas e 3,6% muçulmanos.


Fonte: OVerbo

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